Ácido Lático: Tenha uma Boa Convivência com Ele

O ácido lático está presente no dia-a-dia dos atletas de resistência e normalmente é associado à fadiga ou a algo que devemos evitar; porém, a maneira como é produzido ou removido e, principalmente, qual a sua função no organismo é normalmente pouco conhecida. o ácido lático é produzido a todo momento no organismo, inclusive quando estamos em repouso. Após ser produzido no interior da célula, o ácido lático é convertido em lactato, que é uma forma menos agressiva ao organismo. Durante atividades de baixa intensidade, como trotar, o organismo fornece às células musculares a quantidade de oxigênio adequada para a realização da atividade. Com o aumento da intensidade, mais oxigênio será necessário para fornecer a energia necessária à manutenção o exercício. E como aumento da intensidade do exercício, mais ácido lático é gerado. Segundo a explicação clássica de produção de ácido lático, ela ocorre quando a célula não recebe a quantidade de oxigênio suficiente para a realização do trabalho, mas mesmo assim é solicitada a realizá-lo sem o oxigênio suficiente. Seguindo a linha de raciocínio deste modelo, o exercício realizado quando a oferta de oxigênio é bastante grande, sendo a atividade física mantida basicamente à presença de oxigênio. O exercício anaeróbico, por sua vez, é aquele onde há uma oferta inadequada de oxigênio, obrigando o organismo a trabalhar com um déficit de oxigênio e, desta forma, como maior produção de ácido lático. Mas, cuidado, é inadequada a explicação de que o exercício aeróbico é o executado com oxigênio e o anaeróbio é o exercício sem oxigênio. Então, durante toda a prática esportiva o ácido lático é produzido. No entanto, o organismo possui mecanismos que vão removendo este ácido lático. Quanto maior a intensidade do exercício, mais ácido lático, só que sua retirada também aumenta. A capacidade de remoção do ácido lático varia de organismo para organismo, sendo aceito que os atletas possuem uma capacidade de remoção maior que a dos sedentários. Ao atingir um determinado ponto, a remoção do ácido lático não consegue equilibrar a produção do mesmo. Este ponto é o chamado limiar anaeróbico e sua determinação tem implicações diretas como a qualidade do treinamento. A Teoria do VO2 Máximo e a Qualidade do Atleta Durante muitos anos, o parâmetro fisiológico que melhor qualificava o atleta de resistência era seu VO2 Máximo. Desta forma, aquele com maior VO2 Máximo era tido como potencialmente mais capacitado a vencer uma prova de longa distância. Com desenvolvimento dos instrumentos de avaliação e como o aumento nas pesquisas na área fisiologia do exercício, verificou-se que atletas com maior VO2 Máximo não eram necessariamente os mesmos que venciam as maratonas. A VVO2 Máximo O atleta não mantém sua velocidade de corrida relativa ao VO2 Máximo durante toda a maratona. Foi sugerida a idéia do VVO2 Máximo , que seria a maior velocidade que o atleta poderia manter por um determinado tempo ou a...

Leia Mais

Prevenindo Lesões

Prevenindo Lesões

Um dos segredos para grandes resultados está num ato simples e totalmente indispensável para qualquer ser humano, e principalmente para nós atletas, o ALONGAMENTO. Muitas vezes nos deixamos enganar, pensando que somente estando “fortes” e treinados, conseguiremos bons resultados, e não medimos esforços para nadar, fazer extensor, pedalar, correr, fazer musculação, etc…, mas esquecemos que nossa “máquina”, precisa de cuidados para continuar funcionando e para conseguir as tão esperadas vitórias. Os músculos , nossa máquina de trabalho, precisam estar bem cuidados para melhorar nossa performance, e prevenir que as indesejáveis lesões se instalem e nos afastem de nosso treinamento, para isso necessitamos estar bem alongados, pois o músculo verdadeiramente forte é aquele que consegue aproveitar sua maior amplitude de extensão, associado a uma exigência de contração máxima, tendo como resultado um aumento na potência da atividade exercida. O trabalho com atletas, por mais intenso e longos que sejam seus treinamentos, precisa ser analisado minuciosamente de acordo com a atividade e gesto esportivo exercido, além de informações completas sobre a vida da pessoa a ser cuidada, estamos trabalhando com a Sandra ao longo dos últimos anos visando os Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, com um cuidado permanente e intensivo priorizando o ALONGAMENTO através da R.P.G ( Reeducação Postural Global), onde realizamos sessões no mínimo 1 vez na semana, intensificando de acordo com o treinamento, e buscando de maneira global e eficiente tornar a atleta mais flexível, com um melhor alinhamento articular, e com isso, melhoramos sua mecânica do gesto esportivo, conseqüentemente sua performance, e o mais importante, prevenimos o aparecimento de lesões que poderiam afastá-la do treinamento e atrapalhar e muito seu desempenho ao longo do ano nas competições Maiores informações: Dr. Antonio Chaer Filho Crefito-2/ 35425 F antonio.chaer@globo.com ou www.sbrpg.com.br Endereço: R. Otávio Carneiro 100 gr. 708 – Icaraí – Niterói – RJ (21) 9621-1770 /...

Leia Mais

Lesões em Corredores

Lesões em Corredores

Os exercícios aeróbicos tornaram-se uma das mais populares formas de treinamento de endurace nos dias atuais. O objetivo do condicionamento aeróbico é de melhorar o funcionamento cardiovascular.Esses exercícios devem ser realizados com freqüência cardíaca em torno de 70% a 80% da freqüência cardíaca máxima (FCM). Um produto infeliz do crescimento do interesse nas comidas tem sido o aumento nas lesões relacionadas com essa atividade. A maioria das lesões estão relacionadas com fatores como inadequação de calçados,erros de treinamentos, fatores ambientais e anormalidades anatômicas que podem predispor os atletas a certos traumas. Creio que podemos prevenir as lesões em 60% a 70% desses casos. Para isso, é importante ressaltar a necessidade de exame médico especializado, imprescindível para a orientação do atleta , para colaborar com seu treinador e, principalmente, para sua segurança. Aqui estão as lesões mais comuns em corredores: PÉS: Fáscite Plantar: inflamação da estrutura de sustentação da sola dos pés. É a principal causa de dor no calcanhar. Seu tratamento consiste em palmilhas eventuais, modificação do treinamento, anti-inflamatórios, exercícios de alongamento e aplicações de gelo. Metatarsalgia: dor na região anterior da sola dos pés. O tratamento inclui uso eventual de palmilhas, modificação da superfície de treinamento, escolha do tênis Fraturas de fadiga: também chamadas de fraturas de estresse, são como as chamadas fadigas de material, ocasionadas por uso repetitivo e sobrecarga de treinamento, o atleta pode apresentar dor insidiosa e persistente, que aos poucos podem se acentuar e até impedi-lo de andar.O tratamento consiste em repouso, afastamento de dos treinos e até a imobilização. Tendinite do tibial posterior: inflamação de um tendão na face lateral do calcanhar. Pode-se tratá-lo com gelo e antiinflamatórios. Pernas Fraturas de fadiga: semelhante as descritas para os pés. Síndromes compartimentais: aumento de pressão em um compartimento particular da perna, proporcionado por excesso de uso e aumento de volume sanguíneo nesse compartimento. Tratamento pode ir desde repouso até a cirurgia. Tendinite do tendão calcâneo: este tendão foi chamado de tendão foi chamado de tendão-de-aquiles até recentemente. Os aumentos de milhagem, podem desencadeá-la. Tratamento: repouso, antiinflamatórios, fisioterapia, alongamento e nos casos mais rebeldes cirurgia. Cenelites: nome popular para dor de músculos e tendões em face anterior da perna. Tratamento com repouso, gelo e antiinflamatórios. Joelhos: Dor patelo-femoral: dor de origem insidiosa na patela (rotula) e nos tendões próximos. Uma das queixas mais freqüentes em corredores. Tratamento com repouso, joelheiras e tiras patelares, antiinflamatórios, reforço do quadríceps e alongamento dos posteriores de coxa. Desarranjos internos: lesões de meniscos, lesões de meniscos, lesões de cartilagem, etc. tratamento depende do correto diagnóstico. Tendinites: inflamação dos t6endoes ao redor do joelho. Tratamento diversificado. Coxa e quadril Bursites: inflamação da bursa (bolsa) na face lateral do quadril, entre os músculos e o fêmur. Tratamento com gelo, antiinflamatórios e repouso. Fisioterapia pode ser necessária Estiramento dos isquiotibiais: estiramento( distensão)dos músculos posteriores da coxa tratamento como no caso anterior. Coluna Ciática:dor de...

Leia Mais

O que Comer Antes de Treinar?

O que Comer Antes de Treinar?

A alimentação ideal imediatamente antes do exercício deve variar de acordo com o tipo e a intensidade da atividade realizada, da composição corporal do indivíduo e dos seus objetivos (perda de peso, melhora do condicionamento), além de uma série de individualidades. Mas sem nos prender as individualidades, teríamos as seguintes regras: – Não se exercite em jejum! Mesmo se o objetivo for perder peso, essa prática pode causar hipoglicemia (tonteira, fraqueza…) além de diminuir o gasto energético (o organismo economiza energia); – Não encha demais o estômago, para evitar desconforto gástrico na hora do exercício; – Faça uma refeição leve, porém energética, como por exemplo: sucos, frutas e iogurte light c/cereais (granola, aveia, corn flakes…). – Quem aproveita a hora do almoço para malhar, não tendo tempo p/ esta refeição, deve lanchar antes e após exercício (incluindo pão com frios magros). – Evite consumir antes da atividade física: doces, chocolates e bebidas açucarada e refrigerantes, além de frituras, preparações gordurosas, embutidos, enlatados e condimentados. – Uma boa opção é o uso de carboidrato em gel – que não pesa no estômago e fornece dois tipos de energia: uma mais rápida (através da maltodextrina) e outra mais lenta e gradativa (através da...

Leia Mais

Antes da Prova

Antes da Prova

Ao chegar no lugar onde a prova será realizada, um ou dois dias antes da competição, quando não há mais o que treinar, pois você já estará na fase de descanso, seus pensamentos e atitudes serão essenciais para poder atingir o objetivo desejado As habilidades técnicas e tísicas já terão sido treinadas, e as habilidades mentais, se não preparadas, poderão colocar a perder meses de treino Confira algumas atitudes que poderão complementar seu treinamento ajudando a atingir o objetivo proposto. 1) Atitude mental positiva No trabalho que faço, de preparação psicológica com atletas, dou ênfase na atitude mental positiva, pois reconheço nesta característica um detalhe diferenciador no cotidiano do atleta Isto reflete tanto na prática esportiva como na sua vida em geral. Pensamentos negativos como: “não gosto de competir com chuva”, ‘minha corrida não está boa” e “se eu nadar mal não terei chances” criam resistências físicas e mentais, prejudicando demasiadamente a performance do esportista. São nesses momentos que ele pode mudar as afirmações para: “gosto de competir na chuva pois é um grande desafio”, “minha corrida melhorou bastante esta semana” e “quero nadai bem”. A mudança de uma atitude para outra é gradual, pois como são habilidades psicológicas, é necessário um tempo de treinamento. Mas o uso do pensamento positivo que direciona nossas ações não significa necessariamente ignorar problemas e dificuldades. Deve-se reconhecer que os aspectos negativos tornam-se lições para mostrar novos caminhos para progredir. 2} O que você pretende nesta prova? Traçar um objetivo que coincida com sua realidade aluai é essencial A determinação de saber o que se pretende nesta prova dará o entusiasmo e o foco necessários para consegui-la. Somos movidos a sonhos, desejos e metas, portanto, tenha-os bem nítidos em sua mente. Desta forma, você estará os aproximando da sua realidade, deixando mais confiante para conquistá-los. Comprometa-se com o que você se propôs, só assim terá forças para as mudanças desejadas. Penso que acreditar poder realizar o que se deseja seja um dos grandes segredos do sucesso. 3) Conheça o percurso da prova O triathlon é um esporte que possibilita o atleta conhecer as “surpresas” que o percurso oferece antes da competição acontecer. Utilize este fator positivo para experimentar nadar, pedalar e correr exatamente onde a prova acontecerá. Fique muito atento quando estiver conhecendo o percurso, cada detalhe será importante para que no dia da competição você não se surpreenda com nada. A atenção a estes detalhes ê o que difere o campeão dos outros. Surpresas como vento mar agitado, chuva, calor ou frio excessivos já bastam. Porém, detalhes do percurso e seus equipamentos e suplementos organizados para uma transição rápida você pode planejar. 4) Campeões não nascem sabendo Momentos antes da competição não é a hora oportuna de se cobrar, nem de tentar fazer o que atletas de elite estão fazendo. Pensar e dar importância a isto agora só lhe causará ansiedade. Foque...

Leia Mais

Como Nadar em Água Fria

Como Nadar em Água Fria

Para se ter uma idéia, o circuito mundial de maratonas aquáticas tem uma média de 10 provas anuais e apenas 3 provas tem a temperatura da água acima dos 20°C. Como exemplo de uma das provas mais frias e por sinal a mais difícil, a travessia de Saint Jean no Canadá, uma travessia de 40Km em lago com temperatura entre 12°C e 16°C. Costumam largar nesta prova entre 22 a 26 nadadores e normalmente abandonam a prova entre 10 ou 12 atletas devido a hipotermia. Mas como então nadar em uma água tão fria? Resposta: treinando…, assim como treinamos para terminar ou melhorar a performance em uma travessia, você também treina para suportar temperaturas baixas na água. Deve-se praticar em água fria. No começo, nadar uma vez porsemana de 10 a 20 minutos e ir aumentando gradativamente a frequência e o tempo de permanência na água. Não é necessário treinar todos os dias em água fria, apenas o suficiente para evitar o choque ao encarar temperaturas baixas. Sempre que for nadar em águas frias deve-se entrar aos poucos na água. Primeiro coloque os pés e mãos, em seguida molhe o rosto, o peito, e os rins e só depois mergulhe. Em uma prova com água fria, procure nadar um pouco antes da largada, para aquecer a musculatura e sentir melhor a água.. Se não tiver oportunidade de fazer um “molha corpo” antes da prova, inicie a prova em um ritmo mais lento e aumente gradativamente. Muitos atletas acham que devem iniciar a prova forte para esquentar o corpo, o efeito é o contrário, devido à baixa temperatura da água a tendência da musculatura é enrijecer, obrigando o atleta a nadar mais lento e conseqüentemente a sentir mais frio. É recomendado o uso de vaselina e/ou lanolina para reter a temperatura do corpo, normalmente se passa embaixo dos braços e entre as pernas para evitar o atrito. Para combater o frio costuma-se colocar no peito e na região dos rins. Outra recomendação é o uso da touca, pois perdemos mais de 60% da temperatura do corpo pelas extremidades. Em água fria não é recomendado bater muito a perna, pois os membros inferiores não tem um acumulo de gordura tão grande (a gordura é um isolante térmico natural), e a tendência é a contração dessa musculatura, gerando cãibras e fadiga. Outra dica para suportar o frio é a mentalização. Quando os técnicos dizem que frio é psicológico, no fundo, é uma verdade, com exercícios de mentalização você pode suportar temperaturas baixas de água. Após este ano, a Universidade de Quebec iniciou uma pesquisa com vários nadadores, para tentar entender como conseguiam nadar com uma temperatura baixa, pois os livros de medicina estipulam que o ser humano não sobrevive a uma temperatura interna abaixo dos 30°C. O principal fato foi que, todos os atletas analisados haviam mentalizado o frio que iriam enfrentar...

Leia Mais