Maratona Aquática 14BIS

Com 7h19min de prova, águas vivas, dores e superação, Regiane Abreu completou os 24km da Maratona Aquática 14 BIS, realizada no Litoral Paulista neste último dia 30 de novembro.

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Segundo relatos da nadadora a prova foi difícil, não somente pelo tempo na água, mas também pelas adversidades encontradas no caminho. “Houve um trecho em que era bem raso e tinha muito marisco. Muita gente cortou o pé, eu tive que boiar e bater o pé bem devagar”, disse.

Embora seja uma prova aquática, há postos de parada em que Regiane se hidratava e se alimentava. Durante todo o percurso as pausas eram feitas de 30 em 30 minutos para a reposição. Faltando 5km para o final um desconforto no cotovelo o que a preocupou. “Foi um rapaz que estava no caiaque que me deu a ótima notícia que faltavam cerca de 3.5km”, completou Regiane.

Os desafios parecem continuar, mesmo com o final de ano se aproximando. Ainda restam duas competições para Regiane. Boa Sorte!

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Veja abaixo o depoimento da Regiane, enviado para o Neném após a Maratona Aquática 14 BIS:

“Oi Neném,

Finalmente de volta ao mundo real… precisava agora de 15 dias de férias para descansar…rsrsrs. Bem, meu tempo na prova foi de 7h19min. O meu maior problema realmente foi a dor no pé esquerdo. Tive medo para saltar do píer e logo no começo, quando o esparadrapo que eu havia colocado no dedo saiu, causando muita dor. (REGIANE QUEBROU O DEDINHO DO PÉ 3 DIAS ANTES DA PROVA).

Me concentrei e pensei que um dedinho não poderia atrapalhar o grande desafio. Comecei bem a prova, me posicionando logo a frente dos outros colegas que estavam no meu grupo.  A primeira parada ocorreu depois de 1 hora de prova. Aqui, esperamos a Aline, que tinha se perdido do grupo.

Depois fomos parando a cada meia hora. Me alimentei bem em todas as paradas. Tomei glicodry, gel, bolo Ana Maria, Club Social recheado, Endurox, bananada…

Um momento de apreensão foi quando passamos por um lugar bem raso, cheio de mariscos. Todos tiveram algum tipo de corte. Aí fomos um bom pedaço boiando… com palmateio e batendo o pé. Nesse momento, o meu amigo Filipe me deu um tapão no dedo machucado. Fiquei boiando de barriga para cima um tempo, esperando passar a dor.

Bem, seguimos em frente. Uns 30 minutos depois, o Filipe teve câimbras. Paramos todos para esperá-lo. Nesse momento, com quase 2 horas de prova, eu estava me sentido muito  bem. Comecei a pensar… vai dar para chegar lá!

Com 3 h de prova entramos no Largo do Candinho, que começa a sinalizar a metade da prova. Aqui, o Rodrigo começou a sentir muitas dores e tomou um Advil. Logo depois foi a vez da Aline. Minha decisão aqui era… forçar e abrir dos meus companheiros ou completar a prova com tranqüilidade, sem risco de forçar e quebrar no final. Optei por continuar ao lado dos meus amigos e assim foi até o final.

Nadei peito, costas, parei….

Outro fator de estresse eram as águas vivas, que pareciam dar choque!!! Nadávamos com medo de encontrá-las. Eu fui queimada só duas vezes, mas teve gente que ficou mal… Mesmo assim, quando faltavam uns 5km, comecei a sentir dor do cotovelo. Aí sim tomei um Advil.

A maior felicidade foi quando um cara no caiaque falou… “faltam uns 3,5km. A chegada é ali no meio daquelas antenas.” Foi administrar e ir curtindo cada braçada, pensando que chegaríamos e com  muita folga para as 10h de limite da prova. Pude constatar que minha mente e meu corpo estavam preparados. 24 km!!!! Próximo da chegada, esperamos a Ana Candida, que vinha de apoio no barco, entrar na água para chegar conosco. Foi emocionante!!!

Obrigada Neném! Por acreditar em mim e me dar confiança! Você é 1000!

Beijos!!!”