O Procurador da República Rodrigo Golívio Pereira tem um grande desafio pela frente. O maior desde que começou a praticar triathlon, em 2013. Aos 39 anos, o triatleta se prepara para o Ironman Brasil, em maio. Atleta da CE+3, Rodrigo falou um pouco seus treinos, sobre o 70.3 de Busselton, onde, literalmente congelou. Confira! Quando e como começou a praticar triathlon? Iniciei no triathlon em 2013. Na época já praticava mountain bike e ciclismo de estrada. Vi na internet uma reportagem do coach Carlos Eugênio, entrei em contato com ele e comecei os treinamentos. Apesar de não ter uma base em competições de natação, sou de Copacabana, criado na praia, então não tenho qualquer receio em nadar no mar, o que facilitou meu início no esporte. Quais as provas que mais te marcaram? A prova que mais me marcou foi o Ironman 70.3 de Busselton, no oeste da Austrália, em março de 2014. Viajei para a Austrália bem treinado para a prova, mas muitas coisas aconteceram, como o desaparecimento do meu mala-bike com minha bicicleta e a roupa de borracha. Fiquei vários dias sem treinar ciclismo e tive que comprar uma nova bike pra competir. No dia da prova a previsão era de 11°C, mas na hora da largada estavam 3°C, com sensação térmica de 0°C. Antes de entrar na água, minhas mãos e pés congelaram. Quando comecei a nadar os 1.900m perdi o movimento das mãos e nadei com os antebraços, com as mãos meio moles. Quando saí da água e fiz a primeira transição pensei que o pior tinha passado. Engano meu. No km 20 do ciclismo, minhas mãos congelaram no clip, resolvi comer um gel e acabei caindo da bicicleta, a mais de 30km/h. Me arrebentei todo. Bati os dois joelhos no chão com muita força, ralei as duas mãos, o antebraço esquerdo e as costas inteiras, de um lado ao outro. Estava com muita dor, mas quando o fiscal de prova me disse que ia chamar a ambulância e que eu estaria fora, resolvi continuar, pro espanto do cara. Pedalei mais 70km e corri a meia maratona do jeito que foi possível. Foi um dia duro, mas de muito aprendizado. Desde aquela prova, sempre que tenho alguma dificuldade, lembro do que fiz naquele dia e uso como fonte de inspiração. Outra prova da qual gostei muito foi o Triathlon Olímpico Internacional de Santos. Fiz em fevereiro e adorei, sobretudo por não ser permitido o vácuo no ciclismo. Provavelmente voltarei a fazer essa prova. Como é sua rotina de treino? Costumo treinar diariamente, seguindo as planilhas do treinador. Às vezes, quando me sinto muito cansado, tiro um dia de descanso. Atualmente estou treinando para o Ironman de Florianópolis, então o volume de treinos está bem grande, o que exige bastante preparo físico e psicológico. Geralmente pedalo de 60 a 120km, nado de 2500 e...
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